O FANTASMA DE FULGENCIO
Enquanto se realizava em Córdoba, Argentina, a XXX Cúpula do Mercosul, Mercado Comum do Sul, da qual participaram os presidentes Néstor Kirchner, o anfitrião, Luís Inácio Lula da Silva, do Brasil, Tabaré Vasquez, Uruguai, Nicanor Duarte, Paraguai, Hugo Chávez, Venezuela, Evo Morales, Bolívia, Michelle Bachelet, Chile, e Fidel Castro, pela primeira vez em uma reunião do bloco regional, o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Carlos Gutiérrez, após um encontro em Miami com exilados cubanos mandou o seguinte recado de Washington para Havana:
“Os Estados Unidos já se comprometeram a garantir ao povo cubano total controle sobre o seu destino, no processo de transição política de Cuba (referindo-se a quando Fidel Castro não estiver mais no poder). Vamos evitar a intervenção de terceira parte...).
O recado não era propriamente para Havana, mas para Caracas. Gutiérrez teria respondido a uma pergunta sobre o que fariam os Estados Unidos no caso de a Venezuela interferir, chegada a hora, na sucessão presidencial de Cuba, em face da aliança, já consolidada, Castro-Chávez.
O secretário de Comércio norte-americano quis dizer, obviamente, que havia apenas duas partes competentes para conduzir o processo de sucessão presidencial na ilha caribenha: uma delas, os Estados Unidos; a outra, os anticastristas treinados nos pântanos da Flórida.
Pelo menos até alguns anos atrás, John Ellis ‘Jeb’ Bush, governador da Flórida e irmão do presidente George W. Bush, treinava-os por aqueles pântanos para, quando chegasse a hora, empreenderem a tomada de Cuba - reconduzindo, por assim dizer, ao poder o f a n t a s m a do coronel Fulgencio Batista, que em outubro de 1933, a bordo (!) de um cruzador norte-americano fundeado na baía de Havana, empossava-se no cargo de presidente.
Isso, a 26 anos da vitória da revolução comandada por Fidel Castro, que logo começava a varrer daquela área do Caribe o paraíso da droga, da jogatina, do trottoir na Calle de las Virtudes, tudo administrado a disparos de metralhadora Thompson por uma máfia de mãos dadas, e terno italiano, com os subterrâneos dos Estados Unidos. O curioso mas não tão estranho como possa parecer é que o coronel Fulgencio Batista, ao tempo em que ainda era sargento-telegrafista, aliara-se ao gangster americano Meyer Lansky, um grau a menos que Lucky Luciano à testa da máfia novaiorquina, ou ítalo-americana, para plantar seu governo em Cuba. E partilhar dos negócios fechados no Hotel Nacional, freqüentado por turistas americanos e europeus, entre os quais celebridades como Frank Sinatra, Ava Gardner, Errol Flynn, Steven Spielberg, outros astros e estrelas de Hollywood; até o estadista britânico Winston Churchill.
Enquanto se realizava em Córdoba, Argentina, a XXX Cúpula do Mercosul, Mercado Comum do Sul, da qual participaram os presidentes Néstor Kirchner, o anfitrião, Luís Inácio Lula da Silva, do Brasil, Tabaré Vasquez, Uruguai, Nicanor Duarte, Paraguai, Hugo Chávez, Venezuela, Evo Morales, Bolívia, Michelle Bachelet, Chile, e Fidel Castro, pela primeira vez em uma reunião do bloco regional, o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Carlos Gutiérrez, após um encontro em Miami com exilados cubanos mandou o seguinte recado de Washington para Havana:
“Os Estados Unidos já se comprometeram a garantir ao povo cubano total controle sobre o seu destino, no processo de transição política de Cuba (referindo-se a quando Fidel Castro não estiver mais no poder). Vamos evitar a intervenção de terceira parte...).
O recado não era propriamente para Havana, mas para Caracas. Gutiérrez teria respondido a uma pergunta sobre o que fariam os Estados Unidos no caso de a Venezuela interferir, chegada a hora, na sucessão presidencial de Cuba, em face da aliança, já consolidada, Castro-Chávez.
O secretário de Comércio norte-americano quis dizer, obviamente, que havia apenas duas partes competentes para conduzir o processo de sucessão presidencial na ilha caribenha: uma delas, os Estados Unidos; a outra, os anticastristas treinados nos pântanos da Flórida.
Pelo menos até alguns anos atrás, John Ellis ‘Jeb’ Bush, governador da Flórida e irmão do presidente George W. Bush, treinava-os por aqueles pântanos para, quando chegasse a hora, empreenderem a tomada de Cuba - reconduzindo, por assim dizer, ao poder o f a n t a s m a do coronel Fulgencio Batista, que em outubro de 1933, a bordo (!) de um cruzador norte-americano fundeado na baía de Havana, empossava-se no cargo de presidente.
Isso, a 26 anos da vitória da revolução comandada por Fidel Castro, que logo começava a varrer daquela área do Caribe o paraíso da droga, da jogatina, do trottoir na Calle de las Virtudes, tudo administrado a disparos de metralhadora Thompson por uma máfia de mãos dadas, e terno italiano, com os subterrâneos dos Estados Unidos. O curioso mas não tão estranho como possa parecer é que o coronel Fulgencio Batista, ao tempo em que ainda era sargento-telegrafista, aliara-se ao gangster americano Meyer Lansky, um grau a menos que Lucky Luciano à testa da máfia novaiorquina, ou ítalo-americana, para plantar seu governo em Cuba. E partilhar dos negócios fechados no Hotel Nacional, freqüentado por turistas americanos e europeus, entre os quais celebridades como Frank Sinatra, Ava Gardner, Errol Flynn, Steven Spielberg, outros astros e estrelas de Hollywood; até o estadista britânico Winston Churchill.
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