Batalha de Stalingrado – marco da Vitória soviética sobre as linhas alemãs
Mal deram fim à União Soviética e os sobreviventes das cinzas daquele gigante asiático logo cuidaram de separar os seus ossos para a formação de novos países, o que, por sinal, já era esperado face à iminência da Guerra Fria. Deve-se reconhecer que o que houve antes da Guerra Fria foram dois conflitos com um mesmo inimigo: o Eixo, este constituído pela Alemanha Nazista, o Império do Japão e a Itália de Mussoline. Em suma, a ll Guerra Mundial, ou Grande Guerra, se dividira em dois blocos distintos: as Forças Aliadas, capitaneadas pelos Estados Unidos da América, e as Forças Patrióticas, da União Soviética, assim designadas por Moscou e que foram as primeiras a pisar solo alemão cumprindo-se, desta maneira, a troca de bandeira no alto do imponente edifício do Reichstag, ou seja, descia a bandeira Nazi e subia a da URSS.
Os americanos não se deram por vencidos nessa inusitada corrida dir-se-ia ao “pau de sebo” do Palácio do Reishstag... Fizeram foi lançar-se febrilmente à produção de toneladas de fitas cinematográficas mostrando ardilosamente terem sido eles e não os russos os vencedores da II Guerra Mundial. Quem dos anos 40\50, por aí, não se lembra de pretensos filmes heróicos de mocinhos que, nos telões, sempre ganhavam no corpo-a-corpo, inclusive, ou principalmente, dos nipônicos! Isto, sem recuar-se ao tempo das diligências, dos faroestes, dos revólveres fumegantes - indígenas derrubados de seus cavalos a trotes da civilização como para reproduzir a conquista do Oeste, séculos adiante, nas Olimpíadas de Los Angeles. A única exceção neste imbróglio, pelo que se depreende dos factos de um breve período de relax, foi Canção da Rússia, com o americano Robert Taylor contracenando com uma soviética, a selar, para Winston Churchill ver, uma política de boa vizinhança entre as duas superpotências. Enfim, a Paz, pensava-se. A Paz, entanto, pelo que nos pareceu, não chega a durar metade das projeções de Canção da Rússia.
O senador republicano Joseph McCarthy empoleira-se à tribuna do parlamento americano e seu nome se estende a macarthysmo, o mais negro ou um dos mais negros períodos da História dos Estados Unidos. Quando atores e atrizes de cinema, televisão, rádio, artistas de modo geral, incluindo-se novelistas, todos acusados de ligações com o comunismo internacional, em destaque a dramaturga judia Lillian Hellman, que não teve medo de McCarthy, enfrentando-o de peito aberto. E Taylor, ao contrário, praticamente se penitenciava de ter sido o galã de Canção da Rússia. Fez pior: passou a dedurar meio mundo em Hollywood. Como paga, McCarthy o libera.
Começara a Guerra Fria, com o casal de judeus Ethel e Julius Rosenberg, ambos cientistas americanos, que acusados, sem provas, de vazar segredos atômicos dos Estados Unidos para a União Soviética, são sumariamente executados na cadeira elétrica de Sing Sing, malgrado os pedidos de clemência que chegavam de todos os lados à Casa Branca.
À Guerra Fria seguiu-se uma seqüência de acontecimentos puxados pelo episódio oficialmente mal contado da derrubada do Word Trade Center, bastando o depoimento do porteiro da Torre Norte do WTC (não levado a termo por razões óbvias) em que afirmava ter ouvido explosões de dinamite no complexo de edifícios, como outras pessoas também disseram ter ouvido, mas logo forçadas a calar-se - para se chegar aos criminosos: altas patentes militares do Governo Bush.
O simples chamuscamento do Pentágono, com o sacrifício de uma legião de imigrantes, legais e ilegais: os hispanos, que incluem tanto cidadãos de língua espanhola como, ainda, de língua portuguesa, e que formavam a maioria, pelo que se sabe, daqueles que trabalhavam ou transitavam diariamente dentro do World Trade Center. As duas variáveis se traduziam no arquétipo do “Projeto para um novo Século”, matriz estratégica de futuras ações militares dos Governos Bush, pai e filho. Tal projeto consistia basicamente em provocar dentro dos próprios Estados Unidos uma tragédia de tal magnitude que pudesse sensibilizar a opinião pública mundial, em especial das nações com o pires na mão, girando qual borboletas em redor da luz.
A autoria, pois, da tragédia acaba sendo lançada aos ombros do “terrorismo islâmico”, que pela agenda da Casa Branca sucedia à figura pleonástica de Guerra Fria.
(Para maior compreensão do Projeto para um novo Século, recomendo a leitura em A História no Jornal, de outro texto meu, originalmente redigido em espanhol, por título El 11-S y sus raíces, dividido em 5 partes).
***
Outras ocorrências no mundo, como a chuva de mísseis sobre Bagdá, varrendo grande parte da própria história da Humanidade, e o covarde enforcamento de Sadam Hussein, entre outros crimes brutais do Império americano, deram continuidade ao Projeto de um novo Século.
O que virá agora? Mais derramamento de óleo de um petroleiro no Golfo do México, a espraiar-se sobre a flora e a fauna de uma região embora ligada não por laços afetivos aos Estados Unidos, único país do mundo a negar colaboração com outras potências para a saúde do universo!? Assiste-se a um levante da Natureza contra a mortandade de peixes, o fogo a crepitar nas matas em verdadeira devastação florestal à conta dos abates desenfreados para o mercado aberto de madeira; agora, até na Rússia made in USA, uma vez desmembrada a antiga União Soviética pelo capitalismo internacional e sem nenhum critério de proporcionalidade territorial e demográfica em relação às nações emancipadas. Em Gaza, que é uma mancha no Oriente Médio, vivem pouco mais de 1 milhão e meio de palestinos, dos quais cerca de 1 milhão são refugiados. Devido ao bloqueio imposto por Israel à faixa de Gaza, lá não entram alimentos, material de construção e nem combustível. Israel endureceu o bloqueio de víveres a partir do seqüestro de um de seus soldados pelo exército de Hamás.
E Bangladesh? Em pele e osso, ainda.
Os americanos não se deram por vencidos nessa inusitada corrida dir-se-ia ao “pau de sebo” do Palácio do Reishstag... Fizeram foi lançar-se febrilmente à produção de toneladas de fitas cinematográficas mostrando ardilosamente terem sido eles e não os russos os vencedores da II Guerra Mundial. Quem dos anos 40\50, por aí, não se lembra de pretensos filmes heróicos de mocinhos que, nos telões, sempre ganhavam no corpo-a-corpo, inclusive, ou principalmente, dos nipônicos! Isto, sem recuar-se ao tempo das diligências, dos faroestes, dos revólveres fumegantes - indígenas derrubados de seus cavalos a trotes da civilização como para reproduzir a conquista do Oeste, séculos adiante, nas Olimpíadas de Los Angeles. A única exceção neste imbróglio, pelo que se depreende dos factos de um breve período de relax, foi Canção da Rússia, com o americano Robert Taylor contracenando com uma soviética, a selar, para Winston Churchill ver, uma política de boa vizinhança entre as duas superpotências. Enfim, a Paz, pensava-se. A Paz, entanto, pelo que nos pareceu, não chega a durar metade das projeções de Canção da Rússia.
O senador republicano Joseph McCarthy empoleira-se à tribuna do parlamento americano e seu nome se estende a macarthysmo, o mais negro ou um dos mais negros períodos da História dos Estados Unidos. Quando atores e atrizes de cinema, televisão, rádio, artistas de modo geral, incluindo-se novelistas, todos acusados de ligações com o comunismo internacional, em destaque a dramaturga judia Lillian Hellman, que não teve medo de McCarthy, enfrentando-o de peito aberto. E Taylor, ao contrário, praticamente se penitenciava de ter sido o galã de Canção da Rússia. Fez pior: passou a dedurar meio mundo em Hollywood. Como paga, McCarthy o libera.
Começara a Guerra Fria, com o casal de judeus Ethel e Julius Rosenberg, ambos cientistas americanos, que acusados, sem provas, de vazar segredos atômicos dos Estados Unidos para a União Soviética, são sumariamente executados na cadeira elétrica de Sing Sing, malgrado os pedidos de clemência que chegavam de todos os lados à Casa Branca.
À Guerra Fria seguiu-se uma seqüência de acontecimentos puxados pelo episódio oficialmente mal contado da derrubada do Word Trade Center, bastando o depoimento do porteiro da Torre Norte do WTC (não levado a termo por razões óbvias) em que afirmava ter ouvido explosões de dinamite no complexo de edifícios, como outras pessoas também disseram ter ouvido, mas logo forçadas a calar-se - para se chegar aos criminosos: altas patentes militares do Governo Bush.
O simples chamuscamento do Pentágono, com o sacrifício de uma legião de imigrantes, legais e ilegais: os hispanos, que incluem tanto cidadãos de língua espanhola como, ainda, de língua portuguesa, e que formavam a maioria, pelo que se sabe, daqueles que trabalhavam ou transitavam diariamente dentro do World Trade Center. As duas variáveis se traduziam no arquétipo do “Projeto para um novo Século”, matriz estratégica de futuras ações militares dos Governos Bush, pai e filho. Tal projeto consistia basicamente em provocar dentro dos próprios Estados Unidos uma tragédia de tal magnitude que pudesse sensibilizar a opinião pública mundial, em especial das nações com o pires na mão, girando qual borboletas em redor da luz.
A autoria, pois, da tragédia acaba sendo lançada aos ombros do “terrorismo islâmico”, que pela agenda da Casa Branca sucedia à figura pleonástica de Guerra Fria.
(Para maior compreensão do Projeto para um novo Século, recomendo a leitura em A História no Jornal, de outro texto meu, originalmente redigido em espanhol, por título El 11-S y sus raíces, dividido em 5 partes).
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Outras ocorrências no mundo, como a chuva de mísseis sobre Bagdá, varrendo grande parte da própria história da Humanidade, e o covarde enforcamento de Sadam Hussein, entre outros crimes brutais do Império americano, deram continuidade ao Projeto de um novo Século.
O que virá agora? Mais derramamento de óleo de um petroleiro no Golfo do México, a espraiar-se sobre a flora e a fauna de uma região embora ligada não por laços afetivos aos Estados Unidos, único país do mundo a negar colaboração com outras potências para a saúde do universo!? Assiste-se a um levante da Natureza contra a mortandade de peixes, o fogo a crepitar nas matas em verdadeira devastação florestal à conta dos abates desenfreados para o mercado aberto de madeira; agora, até na Rússia made in USA, uma vez desmembrada a antiga União Soviética pelo capitalismo internacional e sem nenhum critério de proporcionalidade territorial e demográfica em relação às nações emancipadas. Em Gaza, que é uma mancha no Oriente Médio, vivem pouco mais de 1 milhão e meio de palestinos, dos quais cerca de 1 milhão são refugiados. Devido ao bloqueio imposto por Israel à faixa de Gaza, lá não entram alimentos, material de construção e nem combustível. Israel endureceu o bloqueio de víveres a partir do seqüestro de um de seus soldados pelo exército de Hamás.
E Bangladesh? Em pele e osso, ainda.
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