sábado, 11 de setembro de 2010

Mídia americana se dá mal com Fidel

Nove anos de 11-S








A interpretação enviesada de declarações feitas dia 9, de 20010, pelo comandante Fidel Castro do alto de seus 84 anos em boa forma (física e mental) agitou por um dia a comunidade anticastrista arranchada principalmente em Miami, levando-a a acreditar haver chegado a hora de preparar-se de facto para descer de paraquedas, em segurança, sobre Cuba. Certamente pensavam que botes, agora, são coisa do imaginário de ‘los cochinos’...
A entrevista de Fidel alcançou em minutos, entregue à mídia em inglês, o que facilitou sua difusão mundo em fora, enorme repercussão – somente contida com a interveniência do ex-presidente cubano.
E ele, apressando-se na retificação do que lhe haviam atribuído talvez por desconhecimento de algumas construções em língua hispânica, imaginou-se, dir-se-ia diante de um quadro negro, a pegar num giz e escrever: Onde se lê... O modelo cubano já não serve mais a Cuba, como poderíamos exportá-lo? Leia-se que o modelo capitalista é que não nos serve. E seria o caso, então, de responder inclusive que a ilha caribenha, enfim, por não ser de modelo capitalista, de bom grado poderia recomendar, a quem interessar pudesse, importá-lo dos Estados Unidos, apesar de tal produto, ao parecer, achar-se em final de estoque.
A julgar pelo que também se vê largamente publicado nos Estados Unidos, para consumo interno e exportação, Osama bin Laden tornou-se após, naturalmente, a destruição do World Trade Center o mais recente mito da crendice estadunidense. Isto, em meio a suas andanças de alma penada por montanhas islâmicas, aonde dizia-se que se refugiara, além de um tour que fizera pelo Oriente Médio e o Mundo Árabe, justamente numa hora em que só faltou ao governo de George W. Bush disseminar palmo a palmo pelas paredes de Norteamérica cartazes com a foto de Osama, a procurá-lo vivo ou morto mediante gorda recompensa. Ao contrário disso, entretanto, do que se teve conhecimento foi que Osama bin Ladem encontrara-se às furtivas com ministros de Bush, reconhecidamente de ultradireita, na Arábia Saudita e em Dubai, por exemplo, ajustando problemas de saúde e de logística. Runsfeld e Cheney, que passaram pelo ministério da Defesa do governo de George W. Bush, estiveram envolvidos na trama para a derrubada do World Trade Center. Tratava-se, para eles, de uma ação semelhante à de Pearl Arbor, que precedera as bombas de Hiroshima e Nagazaki. Uma ação costurada dentro do “projeto para um novo século”, sobre o qual já falamos numa série de artigos publicados neste blog, A História no Jornal”, titulada El 11-S y Sus Raíces.

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